domingo, 8 de março de 2015

FELIZ DIA DA MULHER ANINHA

ANINHA E JOÃOZINHO






Narra-dor: Hoje, dia 08 de março de 2015, é mais um dia da mulher. Um dia escolhido pelo gênero humano para se comemorar a memória de mulheres que viveram e vivem a cada dia suplantando as idiossincrasias femininas e antropológicas da vida.

Em um tempo, não muito distante, as mulheres viviam em uma estrutura patriarcal. Seus pais as criavam para procriarem e serem moedas vivas de trocas para enlaçar relações familiares. Com a mudança de pensamento, ou com a luta de diversas mulheres que venceram a si mesmo e enfrentaram seu tempo, hoje mulheres têm seus direitos e conquistam seu espaço. Felizes, fortes e donas de seu nariz. Verdade?! Sim?! Não?! Você decide.

Para ilustrar vamos ver a vida de Aninha e Joãozinho... Aninha conheceu João em um culto evangélico e já começou a traçar planos para o seu futuro. Sonhando com o vestido de casamento, cozinha e filhos. Joãozinho, logo após o acontecido, já faz o discurso imaginário para contar o feito fantástico para seus amigos. 

Enquanto isto, Aninha conversa com sua amiga Maria sobre como conheceu seu amado: _  Maria, estava assistindo o culto. O pastor falava sobre amar o próximo como a ti mesmo e diante de todas as coisas tristes que passei ao perder meu Pai e ficar sozinha com minha Mãe, vi que Joãozinho me observava. É, ele estava me observando com um sorriso alegre e acolhedor. Então sorri de volta, mas ao mesmo tempo pensei que ele jamais iria querer nada comigo. Ele é o filho do pastor presidente. É rico e tem tudo que deseja. Como é que ele vai querer ficar comigo que não tenho casa, carro e amigos influentes? É melhor me conformar com minha pobreza e esperar algo da parte de Deus.

Maria: _ Tenha calma, pode acontecer muita coisa que a gente não espera. Deus faz milagres e pode fazer alguém bem sucedido te amar. É só você deixar rolar e mostrar que está a fim dele. Ora, pede a Deus e ELE te dará o que deseja seu coração.

O coração de Aninha se regogiza e se encre de esperança. Então começar a borbulhar na mente diverso momentos de alegria e felicidade. A amiga Maria, logo que a amiga saí na porta de sua casa, começa a comentar com a Mãe: _ Imagina Mãe, Aninha acha que o Joãozinho está apaixonado por ela. Ela estava me dizendo que ele estava olhando para ela, mas imagina, um rapaz rico, filho de pastor, olhando para uma coitada daquela.


Narra-dor: Enquanto a menina Aninha sonhava com o amor, a menina Maria sonhava com a capacidade de ter a sabedoria ímpar da vida ao brincar e explorar os sentimentos de outro ser humano. E em relação ao rapaz, olha o que acontece. João conversa com o amigo Carlos sobre Aninha e ambos tiram suas impressões e decisões para as futuras ações.

João: _ Acho Ana linda, discreta e dedicada as coisas de Deus.

Carlos: _ Quem?! Aninha?! Vai nessa.

João: _ O que quer dizer?

Carlos: _ Ali é só fachada, vernis. Ela já caiu na minha rede. Nós dois estávamos saindo da igreja e ela me olhou. Não estava nem querendo nada, porque estava concentrado no culto de doutrina, mas sabe como é? É difícil resistir a uma mulher bonitinha. Então fui com ela até certo ponto da rua e dei um beijo nela. De verdade, só não aconteceu algo mais porque estávamos na rua, mas se fosse em um lugar vazio teria iro. Ela é bonitinha, mas me afastei. Sabe como é né? Sou homem, não é fácil resistir a uma mulher fácil, mas saí correndo pelo nome de Jesus. Irmão, se afasta desta mulher, ela é um caminho para a perdição. Se aproveita dela, faz o que um homem faria e depois cai fora.

João: _ Como as aparências enganam. Não acredito no que está falando, mas você é meu amigo. Não iria mentir.

Narra-dor: Quando João sai da casa de Carlos, o amigo começa a dialogar com o Pai condecendente. Já entar na sala para falar com o pai rindo.

Carlos: _ Pai, hahahaha, estava falando com o João. Ele me contou que estava querendo casar e que gostaria de conhecer a Aninha.

Pai condescendente: _ É a filha do irmão que morreu?

Calos: _ É sim Pai. Mas falei para ele que naquele dia aconteceu o ocorrido comigo, quando tentei falar com ela. 

Pai condescendente: _ E o que ele falou? 

Carlos: _ Falou que iria se aproveitar como eu e depois ignorar.

Pai condescendente: _ Está mais que certo: homem tem que ser homem.

Narra-dor: Quando o Pai sai da sala, Carlos olhava através da janela e vem a cena em que ele observou para Aninha, com olhar sacada e secante, mas a menina o ignorou e sempre muda de caminho quando o ver. Ele não se conforma, como ela pode dar moral para o João e não para ele, mas agora ela iria pagar por gostar de outro. Enquanto isto, Aninha se encontra com o João, e ele é extremamente carinhosos, tenta se aproximar de forma mais íntima. Ela fica decepcionada e se afasta. Depois de alguns dias ela sabe de nítricas de ações que não praticou e assim se segue o caminho averso. Aninha chora e conversa com sua Mãe impotente.

Aninha: _ Mãe, aquele rapaz que me enganou mentiu para mim. Agora estou triste e decepcionada. 

Mãe impotente: _ Filha, entregue a Deus. Vamos ficar quieta, porque precisamos de ajuda dos irmãos e se você falar qualquer coisa contra este homem não irão acredtirar em você, mas vamos orar e agir com prudência. Você deve estudar. Aproveite a oportunidade que Jesus te deu e um dia este rapaz se arrependerá.

Narra-dor: Aninha seguiu os conselhos da Mãe. Aguentou risadinhas. Viu homens influentes na igreja afastarem suas filhas dela, com medo das supostas más influencias e, com o tempo, ela estudou, passou em concurso e cuidou de sua Mãe. Em um belo dia, encontrou o que achava raro, um homem parecido com Jesus em ações, que não era moleque para precisar de guia de cego, mas a enxergou por si mesmo. Hoje, ambos vivem casados e felizes. Aninha é uma mulher e comemora o dia da mulher. E para quem pensa que ela poderia se revoltar contra a Igreja ou culpar o Cristianismo por ações covardes e truculentas, ela simplesmente responde: "Jesus foi o primeiro homem a respeitar as mulheres, dando à natureza humana, na terra, um exemplo de como as mulheres devem ser tratadas. Tanto que a cultura Cristã se destaca por este respeito às mulheres, mas mesmo assim, ela sabia que alguns covardes, como os Carlinhos e os Joãozinhos (menininhos da vida) 'usam' o Cristianismo de forma particular. Ele também aprendeu e nos ensina que pessoas covardes e fracas agem por aparência e fazem coisas que não convêm a um santo servo de Deus, porque pessoas assim não são servas de Deus. Ela aprendeu que com Jesus se torna forte, sem ceder a fraquezas que é peculiar a qualquer ser humano carnalizado e brutalizado pelas tristezas desta vida".

Jesus deu um dia da mulher ao falar com a Mulher Samaritana, ao ajudar a Mulher adúltera e a mostrar que mulheres, pobres e minorias "minorizadas" por gente covarde têm valor nesta terra.




Aninha rastejou como uma larva, esperou as asas fortalecerem e de seu voo sublime no dia que se tornou borboleta.



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